Como a Alimentação Influencia a Fragilidade em Idosos com Múltiplas Comorbidades

Introdução

A fragilidade em idosos é um estado de vulnerabilidade fisiológica que aumenta o risco de quedas, hospitalizações e mortalidade. Esse quadro é agravado quando há múltiplas comorbidades, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.

A nutrição desempenha um papel fundamental na prevenção e no manejo da fragilidade, contribuindo para a manutenção da força muscular, da função imunológica e da saúde metabólica.

Fatores Nutricionais Associados à Fragilidade

1. Déficit Proteico: A ingestão inadequada de proteínas leva à perda de massa muscular (sarcopenia), reduzindo a mobilidade e a força.
2. Deficiência de Micronutrientes: Vitaminas D, B12 e C, além de minerais como zinco e ferro, são essenciais para a função imunológica e neuromuscular.
3. Baixa Ingestão Energética: O consumo insuficiente de calorias pode acelerar a perda de peso involuntária e aumentar a fragilidade.
4. Inflamação Crônica: Dietas ricas em alimentos ultraprocessados podem contribuir para processos inflamatórios que agravam a fragilidade.
5. Disbiose Intestinal: Alterações na microbiota intestinal podem impactar a absorção de nutrientes e o estado geral de saúde.

Alimentos e Estratégias para Reduzir a Fragilidade

• Fontes de Proteína: Peixes, carnes magras, ovos, laticínios e leguminosas para preservar a massa muscular.
• Antioxidantes e Anti-inflamatórios: Frutas, vegetais, oleaginosas e açafrão ajudam a reduzir o estresse oxidativo.
• Fontes de Cálcio e Vitamina D: Laticínios, peixes gordurosos e exposição solar auxiliam na saúde óssea.
• Fibras e Probióticos: Alimentos integrais, iogurte e kefir melhoram a saúde intestinal.
• Hidratação: A ingestão de água adequada é essencial para a função celular e metabólica.

Conclusão

A alimentação equilibrada e adaptada às necessidades dos idosos com múltiplas comorbidades é essencial para minimizar os impactos da fragilidade.

A adoção de uma dieta rica em proteínas, antioxidantes e micronutrientes pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida e a redução do risco de complicações clínicas.

Referências

1. Dent, E., Morley, J. E., Cruz-Jentoft, A. J., et al. (2019). Physical frailty: ICFSR International Clinical Practice Guidelines. Journal of Nutrition, Health & Aging, 23(9), 771-787.
2. Cruz-Jentoft, A. J., Baeyens, J. P., Bauer, J. M., et al. (2010). Sarcopenia: European consensus on definition and diagnosis. Age and Ageing, 39(4), 412-423.
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